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20 Melhores Músicas de 2010...

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Ah, 2010… 2010 que está indo e 2011 que está chegando. Isto posto, resolvi agrupar algumas das melhores canções que, particularmente, gostei nesses 300 e poucos dias. Os gêneros são diversos, desde o indie/rock até o eletro/pop, com leves incrementos dances intercalados pelo pouco presente, mas ainda assim marcante rock. Esse ano optei por escutar artistas naturalmente, sem a influenciável interferência de revistas digitais ou revisões pelo mundo. O resultado foi a maciça presença de músicos pop, tais como Keane, Kylie Minogue e até mesmo Katy Perry, contrastados por outros indies como Vampire Weekend, Arcade Fire e Delphic. Além disso, esse ano foi relativamente mais autêntico e divertido por parte deste que aqui escreve, fato que certamente conotou muitas das preferências expostas a seguir.

Embora eu tenha em mente preparar o TOP20 Álbuns de 2010 em uma futura postagem, o curioso é que infelizmente não consegui escutar muitos álbuns e músicas esse ano, em detrimento do trabalho e outras tarefas, embora consiga sumariamente relacionar obras apreciadas até então. Segue abaixo os álbuns que tenho aqui na minha biblioteca - e que, presumo, abranja o que escutei esse ano - lançados em 2010:

Arcade Fire - The Suburbs
Ariel Pink's Haunted Graffiti - Before Today
Belle & Sebastian - Belle and Sebastian Write About Love
The Bird and the Bee - Interpreting the Masters, Vol. 1: A Tribute to Daryl Hall & John Oates
Brandon Flowers - Flamingo
Brian Eno - Small Craft on a Milk Sea
Cee-Lo - The Lady Killer
Chicane - Giants
Delphic - Acolyte
Ewan Pearson - We Are Proud Of Our Choices
Example - Won't Go Quietly
Four Tet - There's Love In You
Hot Chip - One Life Stand
Hurts - Happiness
Janelle Monáe - The ArchAndroid (Suites II and III)
Jon Hopkins - Monsters
Jónsi - Go
Katy Perry - Teenage Dream
Kanye West - My Beautiful Dark Twisted Fantasy
Keane - Night Train
Kelis - Flesh Tone
Kylie Minogue - Aphrodite
LCD Soundsystem - This Is Happening
M.I.A. - /\/\ /\ Y /\
Martina Topley-Bird - Some Place Simple
Massive Attack - Heligoland
Maximilian Hecker - I Am Nothing But Emotion
The Morning Benders - Big Echo
The National - High Violet
of Montreal - False Priest
Pet Shop Boys - Ultimate
Paul Hardcastle - Jazzmasters VI
Rihanna - Loud
Robbie Williams - In and Out of Consciousness: Greatest Hits 1990-2010
Robyn - Body Talk, Pt. 1
Robyn - Body Talk, Pt. 2
The Roots - How I Got Over
Röyksopp - Senior
Scissor Sisters - Night Work
Shakira - Sale el Sol
She & Him - Volume Two
Sia - We Are Born
Sufjan Stevens - The Age of Adz
Take That - Progress
Tracey Thorn - Love And Its Opposite
Vampire Weekend - Contra
Yeasayer - Odd Blood

2010 trouxe boas surpresas… Ah, se trouxe. Mas não achei um ano estonteante, com lançamentos verdadeiramente diferenciados. Uma exceção foi o brilhante e surpreendente Arcade Fire que, pra mim, figura como uma das maiores e melhores surpresas da década. Belle & Sebastian manteve a regularidade e lançou mais um, entre seus vários. Bird & The Bee me fez apaixonar mais ainda pela Inara, enquanto o vocalista do The Killers, Brandon Flowers, mostrou seu lado mais íntimo em trabalho solo. Do outro lado, Delphic tratou de fazer um dos melhores álbuns eletrônicos/dance do ano, na mesma época em que os Hurts foram aquém do esperado não chegando decepcionar, mas pouco impressionar. A impetuosa Katy Perry alarmou com o seu surpreendente terceiro álbum de estúdio, ao lado da outra entusiasta pop Kylie Minogue. LCD Soundsystem e M.I.A. exerceram aparições expressivas na cena indie, mas pouco denotaram ao grande público. Topley-Bird fez uma regravação do seu primeiro solo com sutís inclusões de novas faixas. Max Hecker atribuiu continuidade à lamúria despretensiosa, enquanto Robbie Williams preparou coletânea pretensiosa. Robyn prometeu lançar trilogia introspectiva e Röyksopp, minimalismo sônico. Scissor Sisters descaradamente voltaram aos anos oitenta, juntamente com a graciosa e elementar confecção melódica do Vampire Weekend. Sia e Sufjan Stevens deixaram o preciosismo de lado e flertaram com o eletrônico, enquanto Tracey Thorn optou, de forma gradual, pelo acústico, e produziu um dos álbuns mais apaixonantes de 2010.

Foi assim o ano pra mim e assim o está sendo. Um ano em que me atentei mais a cena eletro/pop e, confesso, não voltei plenamente meus olhos à indie/rock. Justamente por isso, a seleção é muito mais pop do que rock. Porém, claro, isso tem um motivo. E esse motivo partiu do instante em que intencionei homogenizar a música e descobrir o quão lúdica e espontânea ela poderia ser. É uma experiência que, além de recomendar a todos, digo que foi uma das mais apreciáveis dos últimos anos. Exatamente num período em que o indie/alt retomava a sua pluralidade ritmica e, mais que isso, seu vigor harmônico. Ao lado do pop, que sempre mostrou-se amigável e simpático, quando consciente de sua hospitalidade.

Título: Fuck You
Intérprete: Cee-Lo
Composição: Ari Levine; Brody Brown; Bruno Mars; Cee-Lo Green; Philip Lawrence
Álbum/Single: The Lady Killer (2010)

Comentário: Diretamente dos Gnarls Barkley, o soul/pop de Cee-Lo Green estremeceu a cena da música popular mundial com "Fuck You" em meados do segundo semestre de 2010. A faixa, que com certa rapidez foi aderida pela grande massa norte-americana, se tornou inesperadamente um dos principais marcos do ano, forçando inclusive a sua reformulação sem os trechos explícitos - "Forget You" - e a natural ampliação do seu alcance perante o público mais jovem e de responsáveis conservadores. Curiosamente, seu recém e terceiro álbum solo de estúdio, "The Lady Killer," não é permeado por linguajares subversivos como seu primeiro single, mas sim recheado de canções românticas e, ocasionalmente, amarguradas. Embora Cee-Lo revele seu lado dócil e apaixonante, é perceptível como a maioria de suas letras carregam consigo mágoas e consequentes rancores diante de suas dolorosas rejeições, como na compreensiva "It's OK" ou na hostil "Cry Baby." Ao final, o "assassino de moças" ainda assegura que ela nunca será amada por ninguém em "No One's Gonne Love You." É assim, apesar de machucado, humano, dançante e vivaz, que uma das principais surpresas do ano adquiriu irresistível admiração - e por que não empatia? - ao redor do mundo.

Título: Paradise Circus
Intérprete: Massive Attack; Hope Sandoval
Composição: Dan Brown; Grant Marshall; Hope Sandoval; Robert Del Naja; Stew Jackson
Álbum/Single: Heligoland (2010)

Comentário: Com apenas 5 álbuns de estúdio e uma espera de mais de 7 anos para lançamento de material novo, é espantoso o legado que o Massive Attack guiou durante esse tempo. Desta vez, em "Heligoland," as melodias são morosas e as sensações, angustiantes, inevitavelmente semelhante ao antecessor, "Mezzanine." Com a ajuda de nomes como o da britânica Martina Topley-Bird - de Sandpaper Kisses; Tunde Adebimpe - do grupo TV on the Radio; Damon Albarn - do Gorillaz e Hope Sandoval de Suzanne, o duo britânico produziu um dos álbuns mais temerosos e soturnos de sua carreira. Um dos momentos marcantes, "Paradise Circus," entoado pela não menos bucólica Hope Sandoval, o narrador reflete sobre o quão tóxico o amor pode se tornar quando não compensado. Diante de sincronizadas palmas, o lindo orquestral próximo ao final parece conduzir um desfecho sentenciável, mas satisfatório. Para então dar lugar a Del Naja e seu irrepreensível vício em "Rush Minute," outro instante citável. Com alguns altos e baixos, o ano foi positivo para um dos mais respeitados atos eletrônicos da década.

Título: Clear Skies
Intérprete: Keane
Composição: Richard Hughes; Tim Rice-Oxley; Tom Chaplin
Álbum/Single: Night Train (2010)

Comentário: Fruto do contestado EP "Night Train", Clear Skies é provavelmente resquício das sobras ocultadas na gravação do terceiro álbum de estúdio do Keane, "Perfect Symmetry." A temática da música ronda sob um narrador atônito pela forma otimista com que seu interlocutor vive sua vida, apesar das iminentes objeções, afirmando que "céus abertos sempre o seguirá." O EP infelizmente não obteve boa receptividade e tampouco grande aprovação, embora tenha de fato mostrado um lado mais debochado e astuto do trio britânico, impulsionando-os mais uma vez a comporem o cenário pop. Outras passagens consideráveis foram a amante synth/oitentista Your Love, escrita e interpretada pelo pianista Tim Rice-Oxley e a "Rocky" esquê Looking Back, segunda faixa em colaboração com o africano K'NAAN. Talvez Keane seja sim uma das bandas mais criticamente subestimadas que reconheço algum valioso potencial. Pra mim, são umas das melhores bandas rock/pop da década. Os restam sempre seguir em frente…

Título: Giving Up The Gun
Intérprete: Vampire Weekend
Composição: Ezra Koenig; Rostam Batmanglij; Chris Tomson; Chris Baio
Álbum/Single: Contra (2010)

Comentário: Segundo single do segundo aclamado álbum de estúdio do grupo independente nova-iorquino Vampire Weekend, "Giving Up The Gun" fala sobre a essencial persistência que devemos ter para se alcançar nossos objetivos. Como ilustrado na música, o narrador observador encoraja seu interlocutor a não desistir de tocar guitarra, aconselhando-o a seguir em frente e prevendo um futuro reluzente a ele. Em "Contra," os singles sucessores foram a rústica "Holiday" e a swingada "White Sky," além da abre alas "Cousins." O álbum foi generalizadamente bem recebido tanto pela crítica quanto pela cena indie, guiada pela Pitchfork, e é certamente considerado um dos melhores do ano. Melodicamente, Vampire Weekend é um dos principais responsáveis por nutrirem e revigorarem o indie após anos de morosidades preponderantes…

Título: Get Outta My Way
Intérprete: Kylie Minogue
Composição: Lucas Secon; Damon Sharpe; Peter Wallevik; Daniel Davidsen; Mich Hansen
Álbum/Single: Aphrodite (2010)

Comentário: Após um passado tenebroso e uma vitória contra um câncer de mama em 2007, a bela australiana Kylie Minogue lança seu décimo primeiro apoteótico álbum de estúdio "Aphrodite," em meio a colaborações inusitadas com Coldplay um pouco antes e com Hurts, depois da sua ressurreição pop. A legendária estrela pop ainda acumula um currículo sólido de colaborações com alguns dos maiores times de produtores contemporâneos, como Xenomania e RedOne, além de trabalhos com os renomados Stuart Price, Calvin Harris e Greg Kurstin. Get Outta My Way foi o segundo single de divulgação, antes de "All The Lovers" e depois de "Better Than Today." De forma desdenhosa e até mesmo insípida, o narrador se aborrece e consequentemente ignora a apatia de seu companheiro e diz que irá euforicamente aproveitar a noite, se aventurando pelo desconhecido e expandindo seus horizontes. A expansão é tamanha que, na ocasião, ela o troca por outro mais excitante, ressaltando a sua derrota e pedindo para imediatamente sair da sua frente. Em outras palavras, ela se cansa da monotonia de um e parte pra dinamicidade de outro, que naturalmente lhe dará o que ela pede… Portanto, "saia da minha frente, você perdeu!" Embora dançante, a faixa não foi o bastante notória e menos ainda dispôs de boas vendagens.

Título: Dancing on My Own
Intérprete: Robyn
Composição: Patrik Berger; Robyn
Álbum/Single: Body Talk, Pt. 1 (2010)

Comentário: …Diferente da Kylie, do outro lado da pista de dança, Robyn anseia por um companheiro enquanto observa seu pretendente se divertindo com outra. Em "Dancing On My Own" ela então permanece dançando sozinha, vendo-o beijando outra e nem sequer notar sua presença. Na ponte então, as luzes se acendem, a música termina e mesmo ela estando de pé a sua frente, a indiferença persiste. De qualquer forma, ela só está ali para dizer adeus. A noite então se transforma em pesadelo, em prantos, em solidão, em impotência… Como disse seu vizinho pensador norueguês Erlend Øye: toda festa tem seu vencedor e seu perdedor. A faixa foi o primeiro single da sua primeira trilogia de EPs "Body Talk." O álbum será lançado, unindo as canções do primeiro, segundo e terceiro, logo mais em novembro. Robyn saiu do subúrbio pop norueguês e surgiu para o mundo tarde, com 26 anos, precisamente em 2005, com o single "With Every Heartbeat." Apesar de já ter chegado aos 30, ela rapidamente - e magistralmente - adquiriu grande status na cena jovial pop.

Título: Kickstarts
Intérprete: Example
Composição: Elliot Gleave
Álbum/Single: Won't Go Quietly (2010)

Comentário: Example foi uma das maiores surpresas na cena eletropop de 2010. Acostumado com as ríspidas rimas, o rapper Elliot Gleave, semelhantemente a Cee-Lo, optou pelo segmento pop após firmar acordo com a gravadora eletrônica Ministry of Sound. O resultado foi um álbum repleto por faixas que se tornaram clássicos instantâneos, como a homônima "Won't Go Quietly" e a própria "Kickstarts," e outras tantas de poderio supérfluo. Em especial, a última citada, tornou-se um dos maiores hits de clubes noturnos no Reino Unido, recebendo o aderente suporte de revistas digitais como a PopJustice. Nela, o narrador celebra o amor, diante de uma suposta situação de desconforto e instabilidade com sua companheira.

Título: Counterpoint
Intérprete: Delphic
Composição: Richard Boardman; Matt Cocksedge; James Cook; Dan Hadley
Álbum/Single: Acolyte (2010)

Comentário: As reminiscências com New Order são notáveis aqui e ali. E isso é bem provável que se deva, em partes, pela tradição britânica do quarteto, além do apoio corrente do respeitado Ewan Pearson na produção. A grande verdade é que os novatos do Delphic, que encararam seu debut esse ano, realizaram uma das melhores obras eletrônicas de 2010. A chegada foi tímida, porém exímia com "Counterpoint," talvez a faixa mais popular da banda até então. A sequência prosseguiu com a esbelta "This Momentary," cuja serenidade lírica se funde ao robusto instrumental eletrônico; "Doubt," que lembrou seus irmãos de segundo grau Klaxons e a vigorosa e enérgica "Halcyon." Tudo isso ainda parece muito diante da curta história que o Delphic ostenta, mas que houve poucos senão algum - exceto eles - artistas consistentes esse ano, isso sim, houve. Eles parecem experientes, quase veteranos, criativos, elegantes e meticulosos. Particularmente, ao lado do Arcade Fire, foram as únicas bandas propriamente brilhantes de 2010. Ah, e como o eletrônico realmente andava necessitando de um eletrificado pensante…

Título: Wonderful Life
Intérprete: Hurts
Composição: Adam Anderson; Theo Hutchcraft; Joseph Cross
Álbum/Single: Happiness (2010)

Comentário: Agregando elementos líricos do Depeche Mode aqui, melódicos do Erasure ali e visuais do Pet Shop Boys, Hurts é basicamente o retrato do revival oitentista melodramático. Endeusados pela PopJustice e mortificados pelo Guardian, o duo britânico pouco inovou e até pouco comoveu, sendo até mesmo bastante previsível durante esse caminho. Iguais aos Delphic, produziram seu álbum de estreia esse ano, sob a histeria dos saudosistas e a neutralidade de radicalistas. O carro chefe foi inicialmente "Better Than Love," o exemplo môr de similaridades com a retórica Martin L. Gore de ser. Logo em seguida, a canção mais pop e acessível emergiu ao grande público: "Wonderful Life" distoa levemente do repertório sônico caracterizado pelo pouco tempo de carreira dos Hurts. Ela é grandiosamente utópica, radiofônica e uma das únicas faixas da dupla a se atar ao melódico contemporâneo pop. Sentimentalmente, o narrador conta uma história detalhada envolvendo um casal prestes a sucumbir em sua decadência amorosa. Antes que a profunda insatisfação se torne tragédia mútua, ela clama a ele que a vida é maravilhosa para se desistir dela. E assim a afirmação é repetida pós repetições, intencionando-se ser um lema. Se seguido, não se sabe, considerando o desfecho dúbio e, ainda, angustiante.

Título: Ready To Start
Intérprete: Arcade Fire
Composição: Win Butler; Régine Chassagne; Richard Reed Parry; William Butler; Jeremy Gara; Sarah Neufeld; Tim Kingsbury
Álbum/Single: The Suburbs (2010)

Comentário: Se um dia houve Beatles, tentaram reinar U2 e postularam Radiohead, dizimando Coldplay, o Arcade Fire apareceu. Nesses poucos 8 anos de existência, o grupo detêm apenas três engenhosos e minuciosos álbuns de estúdio: o dramático "Funeral," o perspicaz político "Neon Bible" e agora, o nostálgico juvenil "Suburbs." Apesar da ainda pequena, porém espessa história, a banda é considerada uma das maiores salvações da música indie/pop dos últimos tempos. E muito disso se deve às letras comumente ásperas e críticas, acompanhadas pelo harmônico e simpático instrumental. Arcade Fire se tornou vida aonde havia morte, escrevendo significados aonde havia propositais insignificados. Justamente como Win diz na música: "My mind is open wide, and now I'm ready to start (Minha mente está aberta, e agora estou pronto para começar)." E assim ele se liberta, e assim ele clama, e assim estremece. A verdade é que fazia muito tempo que não víamos um lírico e conceitos tão inteligentes quanto o deles. Visualizamos isso, quando, por exemplo, percebemos o quão épicos e pop se tornaram ao adentrarem no subúrbio e revelarem - em pratos limpos e, em negrito, por favor: humanamente - como eram nossas vidas quando costumávamos esperar, retendo a maestria excepcional no que fazem. Eles descobriram e felizmente estão mostrando sobre o que se trata a música. Para tal, só é necessário ouví-los e, em seguida, compreendê-los. Eles falam o que queremos falar de uma forma como nunca ousaríamos pensar em dizer antes. E tudo isso de uma forma tão espontânea, tão transparente, tão autêntica… E melhor: estão aonde exatamente deveriam estar, fazendo o que oportunamente deveriam fazer. Um tapa à arrogância superficial, um brado à naturalidade! Um brado ao ser humano, que nasce, cresce, reproduz e morre. Um brado à diversidade. Um brado ao equilateral humano: somos todos sentimentos, memórias, amores, angústias, arrependimentos… Afinal, Suburbs veio celebrar a vida da forma mais heterogênea e homogênea possível, quando descobriu a magia de se unir denominadores incomuns…

Título: Lost In the World/Who Will Survive In America?
Intérprete: Kanye West; Bon Iver; Gil Scott-Heron
Composição: Gil Scott-Heron; Jeff Bhasker; Kanye West
Álbum/Single: My Beautiful Dark Twisted Fantasy (2010)

Comentário:

Título: Teenage Dream
Intérprete: Katy Perry
Composição: Benjamin Levin; Bonnie McKee; Katy Perry; Lukasz Gottwald; Max Martin
Álbum/Single: Teenage Dream (2010)

Comentário: Benny Blanco estranhamente aparece como um dos maiores vitoriosos compositores norte-americanos dos últimos tempos, escrevendo faixas que foram desde a cópia desproporcional da Lady GaGa, Ke$ha, até os principais singles promovidos pela Katy Perry no seu segundo álbum de estúdio. Além disso, escreveu instantâneos para o pré-manipulado Justin Bieber e pra pós-manipulada Britney Spears. Outro curioso fato é a ingressão de Bonnie McKee para o setor de composições lírico. Estes foram alguns dos responsáveis pelo hino pop de 2010, "Teenage Dream." Embora eu tenha severa relutância em aceitar a vulgar e sexual Katy Perry como uma das âncoras da música pop dos últimos anos, o fato é incontestável. "Teenage Dream" tem um lírico impulsivo e objetivo, é bem verdade, mas descreve fielmente a extasia que exalamos quando próximos e compatíveis são nossos desejos com o de outro alguém pretendido. Sua interpretação também é passível de elogios, em meio a timbres ora truculentos e ora fogosos. Cada palavra na música parece irreconhecivelmente nos tocar de uma forma peculiar e honesta, como se realmente transcrevesse a sensação imediatista que comportamos quando enlaçados físico e sentimentalmente com alguém que ambicionamos muito. A razão para tal são das mais diversas possíveis: desde seu amor duradouro e incondicional, até seu sexo sem compromisso e caloroso. E assim se dá o sonho adolescente… "Be your teenage dream tonight (seja seu sonho adolescente hoje a noite)," ela aconselha convicta ao final. De uma coisa a "imoral" está certa: o descompromisso juvenil é vital.

Título: The End of the World is Bigger Than Love
Intérprete: Jens Lekman
Composição: Jens Lekman
Álbum/Single: The End of the World is Bigger Than Love (2010)

Comentário: Espantado fico quando percebo o rebuliço que foi gerado pelo excessivo hiatus do sueco Jens Lekman em lançar um novo álbum de estúdio; são 3 e muito provavelmente serão 4 anos em 2011 que Lekman não lança nenhuma seleção oficial, exceto um inusitado single disponibilizado gratuitamente em seu site oficial em meados desse ano. "The End of the World is Bigger Than Love" retoma seu lirismo apaixonante e tragicômico cravado como marca registrada desenvolvida no compasso de sua carreira. Preferindo a calorosa Austrália a gélida Suécia, o romancista nórdico admitiu há pouco tempo ser difícil suportar o cunho de se ser um Jens Lekman. Com três álbuns de estúdio lançados desde 2004, quando ele ainda desejava ser o cachorro de alguma admirada, o sueco impressiona não só pelo talento insofismável, mas também pela paixão com que ele lida com seu trabalho e os frutos que dele minaram: seus fãs. O estilo Jens Lekman é abarrotado por amor, dedicação e devoção, sem deixar de ser crítico e realísta, embora essencialmente emotivo. Além de grande músico, ele é - o mais importante - uma grande pessoa. E isso, de uma forma ou de outra, denota-se naturalmente em suas obras. Música tem muito mais a ver com o caráter pessoal do que com a estilística intentada. Aqui, a sinceridade reina e a hipocrisia mitiga.

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